Biografia

A presença do papel e o caráter intimista são duas constantes na produção de Marco Maggi (n. 1957, Montevidéu, Uruguai), mesmo em suas grandes instalações. Desde a consolidação de sua carreira, na década de 1990, ele estimula o espectador, de forma espirituosa e delicada, a diminuir o ritmo cotidiano e observar com vagar, prestar atenção e se aprofundar em suas obras, na vida ao seu redor e na sociedade em que se vive. Nas palavras do curador Adriano Pedrosa, o artista “finca trincheiras no embate com a velocidade”.

 

Na série The Ted Turner Collection – from CNN to the DNA, Maggi demonstra senso crítico apurado, usando reproduções de obras de artistas como Gerhard Richter, Andy Warhol e Hélio Oiticica para comentar a condição midiática da vida atual. Pilhas de papel em branco cobrem reproduções e, filetadas com precisão, criam relevos e aberturas que revelam traços da imagem oculta, formando uma grande paisagem branca com pequenas aberturas de cor. Suas instalações também fazem uso do papel, mas as numerosas pilhas, à distância, não revelam sua natureza; é preciso se aproximar, ter certa intimidade com as obras, dedicar-lhes algum tempo para descobrir o que revelam.

 

Marco Maggi vive e trabalha em Nova York , Estados Unidos, e Montevidéu, Uruguai. Expõe individualmente desde 1998. Exposições individuais recentes incluem: O papel é inocente, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE) (2018), em São Paulo, Brasil; Putin's Pencils, na Sicardi Gallery (2017), em Houston, Estados Unidos; Piano Piano, no Espacio Monitor (2016), em Caracas, Venezuela; Drawing Attention, no Kemper Museum of Contemporary Art (2015), em Kansas, Estados Unidos. Participou também da 25ª Bienal de São Paulo, Brasil (2002); da 8ª Bienal de Havana, Cuba (2003); da 29ª Bienal de Pontevedra, Espanha (2006). Algumas das mostras coletivas em que apresentou seu trabalho recentemente são: Art_Latin_America: Against the Survey, no Davis Museum at Wellesley College (2019), em Wellesley, Estados Unidos; Latinoamérica: volver al futuro, no Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires (MACBA) (2018), em Buenos Aires, Argentina; Tension and Dynamism, no Atchugarry Art Center (2018), em Miami, Estados Unidos; Paper into Sculpture, no Nasher Sculpture Center (2017), em Dallas, Estados Unidos. Tem obras em importantes acervos, tais como: Art Institute of Chicago, Chicago, Estados Unidos; Daros Foundation, Zurique, Suíça; Cisneros-Fontanals Foundation (CIFO), Miami, Estados Unidos; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Drawing Center, Nova York, Estados Unidos;  e Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos.

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