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A obra de Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil, passou por notáveis transformações, sobretudo, relativas aos materiais, à técnica e mesmo ao entendimento do artista sobre a pintura. A máquina, por exemplo, tão presente em seus primeiros aparelhos cinecromáticos, não aparece mais com tanta frequência. Essas diferenças, porém, não denotam uma descontinuidade da obra: a unidade que permeia todos os trabalhos do artista está em sua inquietação diante do movimento.

O cinetismo, assim, é objeto constante de reflexão de Palatnik, mas possui algumas especificidades, a depender da técnica e do material utilizados por ele em seus trabalhos. Tais distinções proporcionam ritmos visuais variados, que exigem um olhar atento do espectador. 

“Abraham Palatnik: Ver, Mover” traz experimentações de Palatnik com cartão, suas progressões em poliéster e seus trabalhos mais recentes de seriação óptico-cinética.  Nesse olhar, como aponta o curador da mostra Luiz Camillo Osório, o exercício intelectual se une ao prazer estético.

Vistas da Exposição

vista da exposição -- foto Everton Ballardin © Galeria Nara Roesler