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Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de anunciar a abertura de Sérgio Sister: Pintura e Vínculo, individual do artista paulista, um dos grandes nomes da pintura brasileira contemporânea. A mostra, que abre no dia 03 de novembro e segue em cartaz até 23 de dezembro de 2022, é uma oportunidade única de entrar em contato com desdobramentos da produção recente de Sister que, ao longo de cinco décadas, tem se estabelecido como um dos grandes expoentes da pintura monocromática no Brasil, participando de duas edições da Bienal de São Paulo (1967 e 2002), e integrando coleções de grandes instituições como o Centre Georges Pompidou, em Paris, a Pinacoteca de São Paulo e a coleção François Pinault em Veneza.

 

 

A exposição apresenta uma seleção de trabalhos inéditos produzidos durante o período de isolamento, dando continuidade à investigação do artista sobre os comportamentos cromáticos e a materialidade da superfície. Os prolíficos efeitos da pintura de Sérgio Sister são resultado das vibrações das cores ativadas pela luz, que, por sua vez, torna perceptível a variação cromática através das pinceladas, cujas irregularidades ampliam as possibilidades da ação da luz, fazendo emergir as ricas sutilezas das superfícies de cor. A potência renovadora de sua prática para o campo pictórico busca a integração dos elementos fundamentais da pintura – cor, luz e gesto –, criando composições cromáticas de efeitos únicos e sutis a partir da sobreposição de zonas de cor na mesma superfície.

 

Essas características, fazem das telas de Sister expressões de uma “pintura densa, rica em texturas e matizes de superfície, fundamentalmente monocromática”, nas palavras  do curador e historiador da arte Luis Pérez-Oramas. O monocromo, então, é o gênero contemporâneo ao qual o artista tem se dedicado desde a década de 1980, tornando-se “um dos mais sutis e complexos exemplos de pintura monocromática na América.” 

 

A apresentação inclui também uma série de objetos que se situam entre a pintura e a escultura, colocando de modo determinante as cores em relação umas às outras, em corpos tridimensionais, estruturados por intervalos. Os objetos tridimensionais de Sister tais como as Ripas, Caixas e Pinturas com ligação, séries que o artista vem produzindo desde a virada do século, nos fazem refletir sobre a riqueza de efeitos gerados pela união de mais de um componente. 

 

Em Pintura e Vínculo, o público terá a chance de se aproximar da produção atual de um dos grandes mestres da arte brasileira recente, compreendendo os últimos desdobramentos de sua investigação acerca da materialidade da pintura a partir de sutis composições em que a riqueza do processo imbui a superfície de uma profundidade e dimensionalidade que repousa sobre o próprio material e seu engajamento com a luz.