Nesta edição, a exposição se dará, pela primeira vez, em duas casas icônicas da década de 1970 e de duas mulheres: na Casa-ateliê da artista Tomie Ohtake, projetada pelo seu filho, o arquiteto Ruy Ohtake, no Campo Belo e na casa projetada pela arquiteta sino- brasileira Chu Ming Silveira no Real Parque.
Tomie, uma das principais representantes da arte abstrata no Brasil, Tomie Ohtake (n. 1913, Kyoto, Japão - m. 2015, São Paulo, Brasil) se mudou para o Brasil em 1936. Sua carreira artística teve início aos 37 anos quando se tornou membro do grupo Seibi, que reunia artistas de descendência japonesa. Sua Casa-ateliê, projetada por Ruy Ohtake, se destaca pela estrutura de concreto, assinatura arquitetônica paulista, bem como pelos elementos pertencentes à chamada ‘Escola Paulista de Arquitetura’, ramo do Brutalismo que marcou profundamente a cena paulista entre as décadas de 1950 e década de 1970.
Chu Ming Silveira era formada em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, em 1964, notabilizou-se pela concepção dos protetores telefônicos, popularmente conhecidos como Orelhinha e Orelhão, ícones do design brasileiro e do mobiliário urbano mundial.