O Museu de Arte do Rio de Janeiro – MAR apresenta Aqui é o Fim do Mundo, exposição panorâmica da trajetória de quinze anos de Jaime Lauriano que reúne mais de 40 obras, dentre elas cinco criadas especialmente para a mostra.
Com a curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Jean Carlos Azuos e Thayná Trindade, Aqui é o Fim do Mundo, perpassa diretamente pelos signos do nacionalismo. “Jaime Lauriano vai sempre observar imagens da nossa história, sejam pinturas históricas, ilustrações, símbolos como a própria bandeira, a pedra portuguesa, etc. Ele observa o grau de colonialidade que esses materiais carregam, ele vai fazer intervenções, alterações. A importância do Jaime Lauriano para a arte contemporânea é justamente fazer o que a gente chama de decolonialidade, que se dê diretamente relacionada aos cânones, eles construíram e inventaram os heróis, os símbolos e ele vai observar esse lugar e propor novas relações. Jaime Lauriano vai contar a história que muitas vezes não foi contada”, comenta Marcelo Campos, Curador Chefe do MAR.
Lauriano aborda as formas de violência cotidiana que desdobram-se ao longo da história brasileira. Nesse sentido, o artista se debruça sobre os traumas históricos de nossa cultura. “Receber a exposição Aqui é o Fim do Mundo, no Museu de Arte do Rio é cumprir com o nosso compromisso de buscar artistas que estejam produzindo uma revisão e reelaboração coletiva da história do Brasil. Além disso, Jaime Lauriano tensiona o público a partir de proposições críticas capazes de revelar as estruturas do nosso país”, avalia Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.