A artista carioca Brígida Baltar tem realizado, desde o início da década de 1990, trabalhos e ações baseadas em delicados gestos poéticos, voltados para a captura de materialidades fugidias e para a investigação das relações entre casa, corpo e paisagem. O vídeo surge como um meio capaz de perpetuar e desdobrar suas performances, tal como em Torre (1996) e Coleta da Neblina (1999/ 2019), assim como é veículo de investigação de fenômenos transitórios em si, como Sem Escuridão (2004/2019) ou Há um lugar em uma paisagem? (2008). Ao todo,24 trabalhos compõem essa retrospectiva, entre arquivos e memória da artista, uma oportunidade imperdível para entrar em contato com as ações, fabulações, vozes e textos que compõem as narrativas do universo poético de Baltar. A curadoria de Marcio Doctors, apresenta um recorte cuidadoso dos trabalhos da artista, entre obras já conhecidas e inéditas. A mostra contará ainda com uma série de atividades complementares tais como visitas mediadas e debates, potencializando a exposição como espaço de imersão, experimentação e diálogo com a prática artística de Brígida.
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