A pesquisa de André Griffo (n. 1979, Barra Mansa, Brasil) é voltada para a pintura e suas relações históricas com a representação da arquitetura. Longe dos grandes discursos panfletários, suas imagens refletem as muitas violências que dão corpo às narrativas relativas às histórias do Brasil e suas ruínas. O trabalho de Griffo volta-se para a crítica das estruturas de poder, entre elas a permanência dos efeitos da economia escravocrata na formação histórica brasileira, assim como os mecanismos das instituições religiosas na fundação de imaginários. Apropriando-se de repertórios visuais da história da arte para abordar questões sócio-históricas atuais, os espaços de Griffo acabam por se tornar verdadeiros veículos para um discurso que vê na justaposição de objetos anacrônicos uma estratégia para falar da permanência de estruturas de poder na formação do Brasil de hoje.
Entre suas principais exposições individuais destacam-se: Alto Barroco (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2025); Exploded View (Galeria Nara Roesler, Nova York, 2024); Voarei com as asas que os urubus me deram (Galeria Nara Roesler, São Paulo, 2022); Objetos sobre arquitetura gasta (Centro Cultural São Paulo, 2017); Intervenções pendentes em estruturas mistas (Palácio das Artes, Belo Horizonte, 2015). Também apresentou obras em coletivas como: From the Ashes (People's Palace Project, Londres, 2024); Parada 7 Arte em Resistência (Centro Cultural da Justiça Federal RJ, 2022); Casa Carioca (Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, 2020/21); Sobre os ombros de gigantes, Galeria Nara Roesler, NY, EUA, 2021; 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (Sesc 24 de Maio, São Paulo, 2019); Ao amor do público (Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, 2015); Aparições (Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2015); e Instabilidade estável (Paço das Artes, São Paulo, 2014). Em 2019 foi contemplado com a bolsa Marin Community Foundation Fellowships para a residência Vermont Studio Center, EUA e em 2013 foi bolsista no Programa de Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, ministrado pelos professores Anna Bella Geiger, Fernando Cocchiarale e Marcelo Campos.
Suas obras integram coleções públicas e privadas, tais como: Denver Art Museum; Kistefos Museum (Noruega); Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro); Museu da Fotografia (Fortaleza, CE ); Instituto Itaú Cultural (São Paulo) e Instituto PIPA (Rio de Janeiro).