Isaac Julien (n. 1960, Londres, Reino Unido) é um dos mais importantes e influentes artistas britânicos nos campos da instalação e do cinema. Em seu trabalho, ele utiliza elementos provenientes de disciplinas e práticas variadas (entre elas cinema, fotografia, dança, música, teatro, pintura e escultura), integrando-os em instalações audiovisuais dramáticas, obras fotográficas e documentários. A pluralidade não se faz presente apenas nas linguagens agenciadas em seu processo, mas também no resultado final, exibido em instalações compostas por múltiplas telas e, por vezes, fotografias. Suas imagens deslumbrantes e potentes articulam uma linguagem visual única e poética.
Os trabalhos de Julien surgem de investigações sobre personalidades proeminentes do século XX, tais como Langston Hughes, Frantz Fanon e Lina Bo Bardi, atuando, muitas vezes, de modo a revisar as narrativas históricas oficiais. Apesar do principal meio de produção do artista ser o vídeo, a fotografia possui papel fundamental no seu processo. Em suas fotos, encontramos a síntese estética de seu trabalho audiovisual, assim como sua renovação, a partir de procedimentos de colagem e fotomontagem.
Seu filme Young Soul Rebels (1991) recebeu o prêmio Semaine de la Critique no Festival de Cinema de Cannes. Frantz Fanon: Black Skin, White Mask (1996), codirigido por Mark Nash, venceu o Grande Prêmio Pratt and Whitney Canada. Julien também foi contemplado com o Prêmio McDermott do MIT e o Prêmio The Golden Gate Persistence of Vision (2014), no Festival de Cinema de São Francisco. Em 2015, Isaac Julien recebeu o Prêmio Kaino por Excelência Artística.
Julien vive e trabalha entre Londres, Reino Unido, e Santa Cruz, EUA. Entre suas exposições e projetos individuais recentes estão: Lessons of the Hour, no MoMA (2024), em Nova York, EUA; What Freedom is to Me, na Tate Britain (2023), em Londres, Reino Unido; Once Again…(Statues Never Die), na Barnes Foundation (2022), na Philadelphia, Estados Unidos ; Lessons of the Hour, no Metro Pictures e no Memorial Art Gallery (MAG) (2019), ambos em Nova York, Estados Unidos; Western Union: Small Boats, no ARoS Aarhus Kunstmuseum (2018), em Aarhus, Dinamarca; To the End of the World, na Galerie Forsblom (2018), em Estocolmo, Suécia, e Ten Thousand Waves, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) (2016), em Niterói, Brasil. Também apresentou seus trabalhos na 15ª Bienal de Sharjah, Emirados Árabes Unidos (2023); 57ª Bienal de Veneza, Itália (2017); na Trienal de Paris, França (2012); na 7ª Bienal de Gwangju, Coréia do Sul (2008), e participou das coletivas Coming Out: Sexuality, Gender and Identity, no Walker Museum, Liverpool and Birmingham Museum and Art Gallery (2017), em Birmingham, Reino Unido; The Shadow Never Lies, no Minsheng Museum (2016), em Shanghai, China. Suas obras integram as coleções do:
Art Institute of Chicago, Chicago, Estados Unidos; Centre Georges Pompidou, Paris, França; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Tate Modern, Londres, Reino Unido, e Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos.