Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, 2023

Biografia

Elian Almeida (n. 1994, Rio de Janeiro, Brasil) baseia sua prática na convergência de diferentes linguagens, como pintura, fotografia, vídeo e instalação, tornando-se expoente de uma nova geração de artistas produtores de objetos e imagens que reivindicam protagonismo para agentes e corpos usualmente marginalizados em nossa sociedade e na tradição da arte. Com uma abordagem decolonial, seu trabalho se debruça sobre a experiência e performatividade do corpo negro na sociedade contemporânea. Para isso, ele recupera elementos do passado, imagens, narrativas e personagens - oficiais e extra oficiais -, de modo a contribuir para o fortalecimento e divulgação da historiografia afro-brasileira.

 

Por um lado, sua pesquisa se debruça sobre biografias de personagens negras que tiveram sua importância apagada pela história, atribuindo-lhes a devida importância. Por outro, o artista volta-se para as violentas abordagens policiais de corpos racializados, revisitando as noções de privilégio, presentes na cultura e sociedade brasileira, assim como denunciando o mito da democracia racial. Em sua série Vogue, em que Almeida se apropria da identidade visual e da estética dessa famosa revista de moda para vincular corpos negros, vemos a convergência dessas diversas linhas de trabalho, levando-nos a questionar sobre os modos como esses sujeitos são representados e postos em circulação na cultura visual brasileira.


Elian Almeida vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Suas exposicoes individuais consistem em: Pessoas que eram coisas que eram pessoas, ocorrida na Nara Roesler de  São Paulo (2023), e Antes – agora – o que há de vir,  na Nara Roesler (2021), no Rio de Janeiro, Brasil. Seus trabalhos estiveram presentes em diversas coletivas, entre elas: Encruzilhadas da Arte afro-brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil (2023),  Brasil Futuro: as formas da democracia, no Museu Nacional da República, em Brasília, Brasil (2023), Quilombo: vida, problema e aspiracoes do negro, no Instituto Inhotim (2022), Brumadinho, Brasil,  
Atos de revolta, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) (2022), no Rio de Janeiro, Brasil. Crônicas cariocas, no Museu de Arte do Rio (MAR) (2021), no Rio de Janeiro, Brasil; Enciclopédia negra, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2021), em São Paulo, Brasil; e no Museu de Arte do Rio (MAR) (2022), no Rio de Janeiro, Brasil; Amanhã há de ser outro dia / Demains sera um autre jour, no Studio Iván Argote e no Espacio Temporal (2020), em Paris, França; Esqueleto – 70 anos de UERJ, no Paço Imperial (2019), no Rio de Janeiro, Brasil; Arte naïf – Nenhum museu a menos, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage) (2019), no Rio de Janeiro, Brasil; Mostra memórias da resistência, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (CMAHO) (2018), no Rio de Janeiro, Brasil; Bela verão e Transnômade Opavivará, no Galpão Bela Maré (2018), no Rio de Janeiro, Brasil; Novas poéticas – Diálogos expandidos em arte contemporânea, no Museu do Futuro (2016), em Curitiba, Brasil; entre outras. Seu trabalho integra as coleçoes do Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil, da Pinacoteca do Estado de  São Paulo, São Paulo, Brasil, e do Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil. 

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