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Apresentada de março a maio de 2018 no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, Fragmentos do Real (Atalhos), individual do artista Fabio Miguez, chega à Galeria Nara Roesler | São Paulo, acompanhando o lançamento do livro Atalhos, que assim como a exposição, conta com texto de Rodrigo Moura. 

Em Fragmentos do Real, Fabio Miguez apresenta a série Atalhos, realizada desde 2011. Nela, o artista isola alguns elementos de sua obra, que se singularizam a cada quadro, dando origem a subséries marcadas por variações formais e cromáticas.

 

Algumas das pinturas presentes na mostra guardam relação com a história da arte, com fragmentos de quadros de Piero della Francesca, Alfredo Volpi e Henri Matisse. Outras ainda, remetem à elementos arquitetônicos como casarios, muros, paginações de pedras, tijolos e muros.

 

A montagem linear das obras propicia o encontro de umas com as outras e seu uso variado de cores, texturas, formas e movimentos tornam possível uma relação entre figuração e abstração. Segundo Rodrigo Moura, as obras “se apresentam menos como espaços pictóricos idealizados do que como fragmentos do real.”

 

O livro Atalhos é uma realização da Galeria Nara Roesler, com edição da APC - Associação para o Patronato Contemporâneo, e será lançado no dia 23 de junho, simultaneamente à abertura da exposição.

 

 

Vistas da Exposição

vista da exposição -- fabio miguez: fragmentos do real -- galeria nara roesler | são paulo, 2018

Press

  • a pintura reinventada Download

    a pintura reinventada

    antonio gonçalves filho, o estado de s. paulo 23.6.2018
  • pintura é estrela em mostras nos jardins Download

    pintura é estrela em mostras nos jardins

    folha de s.paulo - guia da folha 22.6.2018

Texto Crítico

  • fragmentos do real*

    rodrigo moura
    Para começar de algum lugar, caberia antes de mais nada apontar a natureza inquieta que percebo na pintura de Fábio Miguez na última década e meia em que a observei mais de perto. É como se, de maneira lenta e consciente, o artista tivesse colocado em dúvida uma série de pressupostos de sua própria prática, trazendo-a para searas se não estranhas a ela, ao menos inesperadas. Em 2002, na exposição homônima na galeria 10,20 x 3,60, em São Paulo, Miguez levou sua pintura (que já havia ganhado contornos mais geométricos) para fora da tela, com planos transparentes de vidro e nacos de forma-cor no espaço. O espectador podia percorrer a exposição como se andasse numa pintura e o branco dos quadros tivesse se transformado no próprio espaço. Esse gesto teve algumas implicações nas obras seguintes. Por um lado, o espaço vazio das pinturas se tornou mais denso, com as massas cromáticas se destacando de maneira mais evidente e conferindo, por isso, um caráter mais diagramático à composição. Outro...