Biografia

A obra de Carlito Carvalhosa (n. 1961, São Paulo, Brasil - m. 2021, São Paulo, Brasil) envolve, predominantemente, pintura e escultura. Nos anos 1980, integrou, com Rodrigo Andrade, Fábio Miguez, Nuno Ramos e Paulo Monteiro, o Grupo Casa 7, de São Paulo. As tendências do neoexpressionismo eram visíveis na produção desses artistas, tendo em vista a utilização de superfícies de grandes dimensões e a ênfase no gesto pictórico. No fim dessa década, após a dissolução do grupo e alguns experimentos com encáustica, Carvalhosa concebeu quadros com cera pura ou misturada a pigmentos. Nos anos 1990, dedicou-se à produção de esculturas de aparência orgânica e maleável, utilizando materiais diversos, caso das “ceras perdidas”. Ainda em meados dessa década, fez também as esculturas em porcelana.

 

Carvalhosa atribuiu profunda eloquência à materialidade do suporte, mas a transcendeu e abordou questões mais amplas, relativas às transformações do espaço e do tempo. Deparamo-nos, em sua prática, com a tensão entre forma e matéria, explicitada na disjunção entre o visível e o tátil. Aquilo que vemos não é o que tocamos, assim como o que se toca não é o que se vê. A partir dos anos 2000, o artista realizou pinturas sobre superfícies espelhadas que, nas palavras  do curador Paulo Venâncio Filho, “colocam nossa presença dentro delas”. Não raro, Carvalhosa realizou instalações em que, além das técnicas usuais, utilizava materiais como tecidos e lâmpadas.

 

Suas principais exposições individuais são: A Metade do Dobro, no Instituto Tomie Ohtake (2024), em São Paulo, Brasil; A Natureza das Coisas, no Sesc Pompeia (2024), em São Paulo, Brasil; Matter as Image. Works from 1987 to 2021, na Nara Roesler (2022), em Nova York, Estados Unidos; Sala de espera, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) (2013), em São Paulo, Brasil; Sum of Days, no Museum of Modern Art (MoMA) (2011), em Nova York, Estados Unidos; Corredor, Projeto Parede, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) (2008), em São Paulo, Brasil; Já estava assim quando eu cheguei, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) (2006), no Rio de Janeiro, Brasil. Entre suas exposições coletivas recentes estão: Passado/futuro/presente: arte contemporânea brasileira no acervo do MAM, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) (2019), em São Paulo, Brasil, e no Phoenix Art Museum (2017), em Phoenix, Estados Unidos; Troposphere – Chinese and Brazilian Contemporary Art, no Beijing Minsheng Art Museum (2017), em Beijing, China; Everything You Are, I Am Not: Latin American Contemporary Art From Tiroche Deleon Collection, na Mana Contemporary (2016), em Jersey City, Estados Unidos; 30 x Bienal, Fundação Bienal de São Paulo (2013), São Paulo, Brasil; 11ª Bienal de Havana, Cuba (2011). Suas obras fazem parte de importantes coleções, tais como: Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Cisneros Fontanals Art Foundation (CIFO), Miami, EUA; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Exposições

Notícias

Press

  • objet trouvé: luis pérez-oramas curates a poetic and subtle group exhibition at galeria nara roesler Download View article

    objet trouvé: luis pérez-oramas curates a poetic and subtle group exhibition at galeria nara roesler

    cynthia garcia, Newcity Brasil 10.12.2019