A fotografia, o vídeo e a instalação possuem papel central na produção do artista alagoano Jonathas de Andrade (n. 1982, Maceió, Brasil). Sua pesquisa muitas vezes envolve o diálogo com comunidades que participam da construção dos trabalhos, ampliando o alcance de vozes constantemente marginalizadas. Partindo do compromisso de costurar ficção e o documental, e em um constante exercício de reescrita da história, Jonathas busca nessa reinvenção a construção de alegorias e narrativas poéticas, que por sua vez funcionam como ferramentas potentes de questionamento das construções de gênero, classe e raça enraizadas na estrutura sociocultural brasileira.
“Penso que a existência artística, que não é privilégio dos artistas de profissão nem garantia a todos eles o tempo todo, tem a ver com um estado de atenção e emergência (...), além de uma disposição estética para a vida. Neste sentido, aquilo que trata a arte como campo isolado acaba interessando pouco. (…). Sinto força na arte pela capacidade de gerar energia em absoluta contradição e desordem dentro de um sistema; pela habilidade de tomar os xeques mates como impulso para o movimento e a transformação e não como emboscadas sem volta”.
Jonathas de Andrade vive e trabalha no Recife, Brasil. Exposições individuais incluem: Le Syndicat des Olympiades, na La Galerie (2024), em Noisy-Le-Sec, na França; Olho-Faísca, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) (2023), em Lisboa, Portugal; O rebote do bote, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2022), em São Paulo, Brasil; Staging Resistance, no Fotografiemuseum Amsterdam (Foam), em Amsterdã, Holanda (2022); Jonathas de Andrade: One to One, no Museum of Contemporary Art Chicago (MCA) (2019), em Chicago, Estados Unidos; Visões do Nordeste, no Museo Jumex (2017), na Cidade do México, México; O peixe, no New Museum (2017), em Nova York, Estados Unidos; Convocatória para um mobiliário nacional, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) (2016), em São Paulo, Brasil; e Museu do Homem do Nordeste, no Museu de Arte do Rio (MAR) (2014), no Rio de Janeiro, Brasil. Participou de diversas bienais, tais como: 59a Bienal de Veneza, Itália (2022); 13a e 10a Bienal de Sharjah, Emirados Árabes (2017 e 2011); 32a e 29a Bienal de São Paulo, Brasil (2016 e 2010); 12a e 16a Bienal de Istambul, Istambul, Turquia (2011 e 2019); The Ungovernables - New Museum Triennial, Nova Iorque - EUA (2012); 12a Bienal de Lyon, França (2013); 32º Panorama da Arte Brasileira, São Paulo, Brasil (2011). Entre as exposições coletivas, destacam-se: Casa carioca, no Museu de Arte do Rio (MAR) (2020), no Rio de Janeiro, Brasil; Under the Same Sun: Art from Latin America Today, no Solomon R. Guggenheim Museum, em Nova Iorque, EUA (2014) ; À Nordeste, no Sesc 24 de Maio (2019), em São Paulo, Brasil; Os primeiros dez anos, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2011), em São Paulo, Brasil. Seus trabalhos podem ser encontrados em diversas coleções institucionais, entre elas: Centre Georges Pompidou, Paris, França; Museo del Barrio, Nova York, Estados Unidos; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia (MNCARS), Madri, Espanha; Museum of Modern Art (MOMA), Nova York, Estados Unidos; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; e Tate Modern, Londres, Reino Unido; entre outras.