nova york 22.6 - 25.8.2023

luis pérez-oramas co/respondências: brasil e exterior,

Jonathas de Andrade

A Mão Kayapó Menkragnoti, da série Infindável Mapa da Fome, 2019-2020

mapa pintado com tinta acrílica e fotografia da mão Kayapó impressa em papel algodão

2 partes de 85 x 85 x 4cm (cada)

sobre

Nara Roesler New York tem o prazer de apresentar Co/respondências: Brasil e Exterior, uma exposição coletiva com curadoria de Luis Pérez-Oramas, na qual obras de grandes artistas brasileiros representados pela galeria dialogam com obras de importantes artistas internacionais, não necessariamente ligados ao Brasil, por meio de suas ressonâncias mútuas – seja por razões formais, estruturais, temáticas, biográficas ou históricas. A exposição abre ao público no dia 22 de junho e fica em exibição até 25 de agosto. 

 

Através de justaposições de obras criteriosamente selecionadas, que apresentam ao mesmo tempo semelhança e diferença – mesmo que mínimas – a mostra pretende sublinhar que a arte é, e sempre foi, global, enquanto campo de afinidades ilimitadas e sempre potenciais, para além de contextos e cronologias.

 

Privilegiando a afinidade em detrimento da genealogia, Co/respondências: Brasil e Exterior é um exercício de pensamento selvagem. É-o ao encarnar o facto de todo o pensamento possuir uma "potencialidade selvagem", nomeadamente quando liberto da necessidade utilitária de produzir um resultado capitalizador, permitindo a visibilidade de "pequenos intervalos, breves periodicidades, repetições rapsódicas, modelos analógicos" entre obras diferenciais - para usar as palavras do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro.

 

Partindo dessa lição, Co/respondências: Brasil e Exterior propõe um conjunto de agrupamentos entre vários artistas, seguindo lógicas analógicas diversas: correspondências poéticas não intencionais (Brigida Baltar e Asuka Anastacia Ogawa, Jonathas de Andrade e Sheroanawe Hakihiiwe ou Daniel Buren e Fabio Miguez); semelhança dentro da diferença através de abordagens de mídias semelhantes (Sergio Sister e John Zurier); ou ressonâncias poéticas e históricas, baseadas em estéticas partilhadas (Antonio Dias e Jannis Kounellis, Paulo Bruscky e Robert Filliou, ou Cristina Canale e Margot Bergman).