house to watch the sunset, 2018

Biografia

Not Vital (n. 1948, Sent, Suíça) é reconhecido por sua prática baseada no intenso contato com a natureza e na adoção de um estilo de vida nômade. Sua produção normalmente provoca percepções inusitadas, frequentemente de surpresa ou estranhamento, ao deslocar para o contexto artístico formas próprias da natureza ou elementos característicos de regiões remotas, muitas vezes alterando sua escala e materialidade. Desde o começo dos anos 1980, o artista articula escultura ­– recorrendo, muitas vezes, a processos colaborativos com artesãos – à  construção de espaços, diluindo os limites entre arte e arquitetura e estabelecendo uma íntima relação com o contexto cultural local. De fato, em seu trabalho, os objetos alteram nossa percepção tanto do ambiente em que se situam, seja pela reflexidade do material ou pelo seu posicionamento, quanto das estruturas arquitetônicas do espaço, que fogem da linguagem usual, tornando-se verdadeiras esculturas habitáveis.

 

Vital desenvolve também obras em pintura e desenho que dialogam com os assuntos presentes em suas propostas escultóricas e arquitetônicas. Os materiais empregados são os mais diversos, indo dos mais simples e perecíveis – café, sal, ovo – até os mais valiosos e duradouros – mármore, prata e ouro. Desde o final dos anos 1990, ele instala construções de caráter permanente em diversos lugares como Agadèz (Níger), Patagônia chilena (Chile) e Paraná do Mamori (Brasil). lém de seus chamados habitats, dentre os quais se destaca House to Watch the Sunset, essas construções incluem escolas, pontes ou túneis.

 

Not Vital vive e trabalha entre Sent, Suíça, Pequim, China, e Rio de Janeiro, Brasil. Recentemente, realizou as exposições individuais: Not Vital: Scarch, na Hauser & Wirth (2020), em Somerset, Reino Unido; Let One Hundred Flowers Bloom, na Galerie Andrea Caratsch (2019), em St. Mortiz, Suiça; no Ateneum (2018), em Helsique, Finlândia; Not Vital. Saudade, na Galeria Nara Roesler (2018), em São Paulo, Brasil, e no Yorkshire Sculpture Park (2016), em Wakefield, Reino Unido. Seus trabalhos estiveram presentes nas coletivas: Passion: Bilder von der Jagd, no Bündner Kunstmuseum Chur (2019), em Chur, Suíça; Surrealism Switzerland, no Aargauer Kunsthaus (2018), em Aarau, Suíça; Illumination, no Louisiana Museum of Modern Art (2016), em Humlebæk, Dinamarca; Simple Forms: Contemplating Beauty, no Mori Art Museum, em Tóquio, Japão. Seus trabalhos fazem parte de importantes coleções institucionais, tais como: Bibliotheque Nationale, Paris, France; Kunstmuseum Bern, Berna, Suíça; The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Toyota Municipal Museum of Art, Aichi, Japão, entre outros.

Press

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    Mostra entrelaça natureza, escultura e arquitetura

    Matheus Rocha, Folha de São Paulo 18.10.2024
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    Nelson Gobbi, O Globo 11.10.2024
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    Spotlight: Swiss Artist Not Vital Creates Vivid Sculptures Inspired by His Mountainous Hometown

    artnet news 16.9.2022
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    Jonty Wilde, BBC News 30.5.2016
  • not vital | yorkshire sculpture park Download

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    Bob Chaundy, Huff Post 24.5.2016
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    Jolyon Webber, CNN Style 24.5.2016
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    Ana Moriarty, Wide Walls 18.5.2016
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    Elly Parsons, Wallpaper 6.3.2016
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    SP-arte 1.12.2015
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    Henri Neuendorf, ArtNet 15.9.2015
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    inside the many houses of not vital maker of dreamscapes for adults

    Andrew O'Hagan, The New York Times T Magazine 18.10.2013

Vídeo

Texto Crítico

  • saudade

    giorgia von albertini
    No universo de Not Vital, símbolos e materiais viajam em alta velocidade pelas estradas metamórficas da alquimia. Ao redefinir o possível, Vital nos apresenta obras de arte singulares, que nos instigam a adquirir novas maneiras de enxergar e pensar. Subitamente, flores de Lótus (Lotus) apresentam-se totalmente vestidas em aço inoxidável reflexivo. Apartadas do universo mortal do orgânico, carregam botões que reluzirão eternamente em isolamento. Bengalas são abruptamente apartadas de sua função por seu tamanho ampliado, dispostas diante de nós como totens utópicos. Uma Língua (Tongue) se transforma num obelisco, e a Lua (Moon) desce à Terra. Paisagens Terrestres e Marítimas (Landscapes, Seascapes)emergem lenta, porém inequivocamente de placas de mármore. Retratos (Portraits) de personalidades conhecidas, como Oscar Niemeyer, materializam-se na forma de elegantes esculturas cúbicas de prata. Galhos de árvores de bronze brancas estendem-se às alturas. Ao procurarmos em vão suas folhas, encontramos aglomerações de letras que, juntas, revelam significado. Desenhos (Drawings), por outro lado, repentinamente deixam de ser bidimensionais, adquirindo qualidade escultural através de materiais não-convencionais. Ao analisar-se...