Biografia

Amelia Toledo (n. 1926, São Paulo, Brasil - m. 2017, Cotia, Brasil) iniciou seus estudos em arte no final dos anos 1930, quando frequentou o Ateliê de Anita Malfatti. Na década seguinte, estuda com Yoshiya Takaoka e Waldemar da Costa. Em 1948 atua com desenho de projetos no escritório do arquiteto Vilanova Artigas. Esse contato com figuras chave da arte moderna brasileira, assim como sua experiência no laboratório de anatomia patológica de seu pai, possibilitaram o desenvolvimento de um trabalho multifacetado que faz uso de diversas linguagens como escultura, pintura e gravura. Essa produção floresce, ainda, no convívio com outros artistas de sua geração, tais como Mira Schendel, Tomie Ohtake, Hélio Oiticica e Lygia Pape.

 

A diversidade de meios de Amelia Toledo é reveladora de um espírito voltado para uma investigação expandida das possibilidades artísticas. A partir dos anos 1970 a produção da artista ultrapassa a gramática construtiva, que fazia uso de elementos geométricos regulares e curvas, e passa a se debruçar sobre formas da natureza. Toledo começa a colecionar materiais como conchas e pedras, e a paisagem passa a se tornar um tema fundamental de sua prática. Já a pintura da artista possui inclinações monocromáticas, revelando seu interesse pela pesquisa com a cor.

 

Amelia Toledo participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Destacam-se entre suas mostras individuais: Amelia Toledo - Paisagem Cromática, no MuBE (2024), em São Paulo, Amelia Toledo: 1958-2007, na Nara Roesler (2021), em Nova York, Estados Unidos; Amelia Toledo – Lembrei que esqueci, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-SP) (2017), em São Paulo, Brasil; Amelia Toledo, na Estação Pinacoteca (2009), em São Paulo, Brasil; Novo olhar, no Museu Oscar Niemeyer (2007), em Curitiba, Brasil; e Viagem ao coração da matéria, no Instituto Tomie Ohtake (2004), em São Paulo, Brasil. Principais coletivas recentes incluem: Radical Women: Latin American Art, 1960–1985, no Hammer Museum (2017), em Los Angeles, Estados Unidos; no Brooklyn Museum (2018), em Nova York, Estados Unidos; e na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2018), São Paulo, Brasil; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, na Oca (2017), em São Paulo, Brasil; 30x Bienal: Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição, na Fundação Bienal de São Paulo (2013), em São Paulo, Brasil; Um ponto de ironia, na Fundação Vera Chaves Barcellos (2011), em Viamão, Brasil; e Brasiliana MASP: Moderna contemporânea, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) (2006), em São Paulo, Brasil; além da 29ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil (2010); 10ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2015). Possui obras em importantes coleções institucionais como: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo, Brasil; e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; entre outras.