Biografia

Abraham Palatnik (n. 1928, Natal, Brasil - m. 2020, Rio de Janeiro, Brasil) é figura central da arte cinética e óptica no Brasil. Seu interesse pelas possibilidades criativas das máquinas evoca a relação entre arte e tecnologia. O artista formou-se em engenharia, o que contribuiu para que desenvolvesse investigações técnicas focadas na experimentação com o movimento e a luz, realizando proposições baseadas no fenômeno visual que tornaram seu trabalho conhecido ao longo de sete décadas de produção. Destacou-se no cenário artístico a partir da criação de seu primeiro Aparelho Cinecromático (1949), peça em que reinventa a prática da pintura por meio do movimento coreografado de lâmpadas de diferentes voltagens em distintas velocidades e direções que criam imagens caleidoscópicas. Exibida na 1ª Bienal de São Paulo (1951), essa instalação de luz recebeu Menção Honrosa do júri internacional por sua originalidade.

 

As séries de progressões e relevos que iniciou posteriormente, feitas em materiais diversos (como madeira, cartão duplex ou acrílico), apresentam efeitos ópticos e cinéticos criados a partir de um meticuloso processo manual. O resultado são composições abstratas marcadas por um padrão rítmico que remete ao movimento de ondas irregulares.

 

Abraham Palatnik  participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, incluindo oito edições da Bienal de São Paulo, Brasil (1951-1969), e a 32ª La Biennale di Venezia, Itália (1964). Seu trabalho foi tema de diversas mostras individuais, destacando-se: Abraham Palatnik: O sismógrafo da cor, na Nara Roesler (2022), em Nova York, Estados Unidos; Abraham Palatnik - A Reinvenção da Pintura, com itinerância por importantes instituições no Brasil como: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH) (2021), Belo Horizonte; Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ) (2017), Rio de Janeiro; Fundação Iberê Camargo (FIC) (2015), Porto Alegre; Museu Oscar Niemeyer (MON) (2014), Curitiba; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) (2014), São Paulo; e Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-DF) (2013), Brasília. Principais coletivas incluem: Sur moderno: Journeys of Abstraction – The Patricia Phelps de Cisneros Gift, no Museum of Modern Art (MoMA) (2019), em Nova York, Estados Unidos; The Other Trans-Atlantic: Kinetic & Op Art in Central & Eastern Europe and Latin America 1950s - 1970s, no Sesc Pinheiros (2018), em São Paulo, Brasil, no Garage Museum of Contemporary Art (2018), em Moscou, Rússia, e no Museum of Modern Art in Warsaw (2017), em Varsóvia, Polônia; Delirious: Art at the Limits of Reason, 1950 - 1980, no Metropolitan Museum of Art (2018), em Nova York, Estados Unidos; e Kinesthesia: Latin American Kinetic Art 1954-1969, no Palm Springs Art Museum (PSAM) (2017), em Palm Springs, Estados Unidos. Possui obras em importantes coleções institucionais como: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Royal Museums of Fine Arts of Belgium, Bruxelas, Bélgica; Museum of Fine Arts Houston (MFAH), Houston, Estados Unidos; William Keiser Museum, Krefeld, Alemanha; e Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos.

Exposições

Notícias

Press

  • obra em movimento

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    Camila Molina, O Estado de São Paulo 2.7.2014
  • mestre da arte cinética faz retrospectiva

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    Silas Martí, Folha de São Paulo 2.7.2014
  • engenhocas modernas Download

    engenhocas modernas

    Francisco Alambert, Arte Brasileiros 1.11.2012
  • gênio da precisão

    gênio da precisão

    Camila Molina, O Estado de São Paulo 23.10.2012
  • um artista marcado pela invenção Download

    um artista marcado pela invenção

    Audrey Furlaneto, O Globo 29.9.2012