Biografia

O trabalho de José Patrício (n. 1960, Recife, Brasil) se realiza na fronteira entre instalação e pintura, misturando esses gêneros. Sua prática parte do arranjo de objetos cotidianos, tais como dominós, dados e botões, a fim de criar padrões e imagens que podem ter caráter geométrico ou orgânico, ainda que não deixem de resguardar uma familiaridade enigmática com o cotidiano, tendo em vista a possibilidade de se reconhecer aqueles elementos nas composições. Patrício despontou no mundo da arte em 1999, quando criou uma instalação para o convento de São Francisco, em João Pessoa. Na ocasião, o artista utilizou dominós como elemento-chave para muitos dos seus trabalhos. Quando vistos de longe, os padrões observados ganham uma qualidade pictórica (dada sua configuração geral) que contrasta com a natureza gráfica individual de cada peça. 

 

Sob a influência de importantes tendências e movimentos artísticos brasileiros, como a abstração geométrica e o concretismo, Patrício enfatiza o limite sutil entre a ordem e o caos e sugere que mesmo a mais rígida das fórmulas matemáticas possui uma potencial dimensão expressiva. Para o crítico e curador Paulo Sérgio Duarte, o procedimento de acumulação de Patrício nos leva a um “patamar diferente das questões colocadas pelo progresso da ciência e da técnica para a obra de arte. [...] Incorporado, como ponto de partida, o terreno da combinatória matemática, nos encontramos com a combinação das séries, reitero, infinitas nas suas possibilidades. O problema não é mais a reprodução do mesmo; trata-se, agora, de, a partir do mesmo, produzir infinitos outros."

 

José Patrício vive e trabalha em Recife, Brasil. Exposições individuais recentes incluem: José Patrício: Agitações pelo Número, no Paço Imperial (2024), no Rio de Janeiro, Brasil; Potência criadora infinita, na Nara Roesler (2021), em São Paulo, Brasil; José Patrício: Algorithm in 'Object Recognition', na Pearl Lam Galleries Hong Kong H'Queens (2018), em Hong Kong, China; Precisão e acaso, no Museu Mineiro (2018), em Belo Horizonte, e no Museu Nacional de Brasília (MUN) (2018), em Brasília, Brasil; Ponto zero, no Sesc Santo Amaro (2017), em São Paulo, Brasil; Explosão Fixa, no Instituto Ling (2017), em Porto Alegre, Brasil. Participou de diversas Bienais, entre elas a 22a Bienal de São Paulo, Brasil (1994) e a 3a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil (1994); além da 8a Havana Biennial, Cuba (2003). Exposições coletivas recentes incluem: Utopias e distopias, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) (2022), em Salvador, Brasil; Ateliê de Gravura: da tradição à experimentação, na Fundação Iberê Camargo (FIC) (2019), em Porto Alegre, Brasil; Géométries américaines, du Mexique à la Terre de Feu, na Fondation Cartier pour l’art contemporain (2018), em Paris, França; Asas e Raízes, na Caixa Cultural (2015), no Rio de Janeiro, Brasil; Le Hors-Là, na Usina Cultural (2013), em João Pessoa, Brasil. Seu trabalho pode ser encontrado em importantes coleções, tais como: Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, França; Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), Salvador, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil.

Exposições

Notícias

Press

  • possibilidades combinatórias e cromáticas Download

    possibilidades combinatórias e cromáticas

    Eduardo Rascov, Arte Brasileiros 1.8.2014
  • a arte com dominós de josé patrício Download

    a arte com dominós de josé patrício

    Camila Molina, O Estado de São Paulo 10.5.2008
  • josé patrício: cumulative mania and chromatic proliferations Download

    josé patrício: cumulative mania and chromatic proliferations

    Claudia Laudanno, Arte al Día 1.12.2007